O tema era ovos. Falamos sobre ovos, observamos ovos, fizemos e comemos ovos mexidos e lemos uma história sobre uma menina que precisava comprar ovos. Na metade da história, a personagem do livro questiona para si mesma quem teria vindo antes, o ovo ou a galinha. Como todo bom professor, me aproveitei da situação e lancei a mesma dúvida a eles:
Eu: Quem vocês acham que veio primeiro, o ovo ou a galinha?
Todos os alunos: A galinha!
Eu: Ah, ok, mas... de onde veio essa galinha?
(silêncio curto)
Quase todos juntos: De um ovo!
Eu: Certo, mas... quem botou esse ovo?
(silêncio um pouco mais longo)
Alguns alunos: Uma galinha!
Eu: Aham, mas... e de onde veio ESSA galinha?
(silêncio e algumas piscadas de olhos)
Três alunos: De um ovo...
Eu: Aham, aham... e esse ovo...
(silêncio e muitas piscadas de olhos)
1 aluno: Veio de uma galinha...
Eu: Muito bem, mas... e de onde veio ESSA galinha?
O silêncio agora era absoluto e mais nenhum olho piscava, mas era quase possível ouvir seus cérebros tentando fazer algum sentido daquilo tudo. Terminei a história com aquela agradável sensação de dever cumprido. Afinal, nada como a inquietação para nos levar mais próximos à verdade.
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sexta-feira, 22 de agosto de 2008
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